A capacitação de mão de obra especializada e a articulação de uma rede de instituições de apoio à qualificação e ao desenvolvimento dos fornecedores são decisivas para o Brasil construir uma indústria de petróleo e gás de nível internacional. Essa é uma das conclusões do estudo apresentado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIPRO) nessa quarta-feira, 22 de agosto, no seminário Conteúdo Local e Políticas para Competitividade na Cadeia de Petróleo e Gás, realizado no auditório do BNDES, no Rio de Janeiro.
O trabalho, intitulado A Indústria e o Brasil – Cadeia Produtiva de Petróleo e Gás, é uma contribuição para o aperfeiçoamento do Plano Brasil Maior, lançado em agosto do ano passado, explicou o gerente-executivo de Política Industrial da CNI, Pedro Alem. O estudo destaca que o país precisa adotar políticas que estimulem a inovação, desenvolvam as empresas de engenharia básica e promovam a atração de investimentos.
Entre as propostas da indústria estão a desoneração de produtos destinados à prospecção, exploração e refino de petróleo que incorporem tecnologias desenvolvidas no país, e a criação de institutos tecnológicos voltados para a pesquisa e desenvolvimento do setor.
A agenda também propõe a realização de um estudo sobre a estrutura industrial e os padrões de concorrência na cadeia internacional de fornecedores que permita estabelecer prioridades, metas e responsabilidades de uma política de atração de investimentos diretos estrangeiros. A indústria sugere ainda a capacitação de mão de obra especializada e a articulação de uma rede de instituições de apoio à qualificação e ao desenvolvimento dos fornecedores da cadeia de petróleo e gás.
Segundo Ricardo Cunha da Costa, vice-coordenador do Plano Brasil Maior para a indústria de petróleo e gás, as medidas anunciadas pelo governo em agosto de 2011 já começam a dar resultados. O Plano, explicou ele, busca o aumento da produtividade e da participação no mercado dos fornecedores da cadeia de petróleo e gás e incentiva a inovação e a internacionalização das empresas brasileiras.
Os participantes do seminário também concordaram que a política de conteúdo local é apenas uma estratégia para alavancar o setor. “É um instrumento que precisa ser complementado com uma política de longo prazo”, afirmou o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes.
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