A diferença é o sentido da tal corrente. Uma corrente elétrica nada
mais é que um fluxo de elétrons (partículas que carregam energia)
passando por um fio, algo como a água que circula dentro de uma
mangueira. Se os elétrons se movimentam num único sentido, essa corrente
é chamada de contínua. Se eles mudam de direção constantemente, estamos
falando de uma corrente alternada. Na prática, a diferença entre elas
está na capacidade de transmitir energia para locais distantes. A
energia que usamos em casa é produzida por alguma usina e precisa
percorrer centenas de quilômetros até chegar à tomada. Quando essa
energia é transmitida por uma corrente alternada, ela não perde muita
força no meio caminho. Já na contínua o desperdício é muito grande. Isso
porque a corrente alternada pode, facilmente, ficar com uma voltagem
muito mais alta que a contínua, e quanto maior é essa voltagem, mais
longe a energia chega sem perder força no trajeto.
Se todos os sistemas de transmissão fossem em corrente contínua, seria
preciso uma usina em cada bairro para abastecer as casas com
eletricidade. O único problema da alta voltagem transportada pela
corrente alternada é que ela poderia provocar choques fatais dentro das
residências. "Por isso, a alta voltagem é transformada no final em
tensões baixas. As mais comuns são as de 127 ou 220 volts", diz o físico
Cláudio Furukawa, da USP. Portanto, a corrente que chega à tomada de
sua casa continua sendo alternada, mas com uma voltagem bem mais baixa.
Já a corrente contínua sai, por exemplo, de pilhas e baterias, pois a
energia gerada por elas, usada nos próprios aparelhos que as carregam,
não precisa ir longe. Também há muitos equipamentos eletrônicos que só
funcionam com corrente contínua, possuindo transformadores internos, que
adaptam a corrente alternada que chega pela tomada.
Fonte:Mundo Estranho
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