Um total de 24 novos poços terrestres foram perfurados, desde março
passado, pela Petrobras no Ceará. A campanha faz parte do projeto da
estatal que visa aumentar a produção e o fator de recuperação de óleo do
campo de Fazenda Belém, localizado nos municípios de Aracati, Icapuí e
Jaguaruana. Com as perfurações, a empresa poderá reverter a trajetória
de queda na produção em terra no Estado, que já reduziu em 45% entre os
anos de 2009 e 2013.
De acordo com a Petrobras, por meio assessoria de imprensa, a conclusão
do projeto, que além de elevar a produção e o fator de recuperação,
pretende agregar reservas, está prevista para o fim deste ano. Ao todo,
serão 72 novos poços. A empresa não informa, contudo, quanto está
investindo na campanha.
O Ceará terminou o ano passado com 317 poços terrestres, de acordo com
dados do Anuário Estatístico 2014 da Agência Nacional de Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP).
Todos eles estão localizados na Fazenda Belém, que registrou, contudo,
uma redução de 16 poços entre 2012 e 2013. Se comparado a 2011, a queda é
ainda mais significativa: são 130 poços a menos. A produção nestes
campos terrestres, consequentemente, teve decréscimo. Foram produzidos
9,59% a menos em barris de petróleo, que decaíram de 457 mil para 413
mil entre 2012 e 2013. Em relação a 2010, quando foram registrados 761
mil barris, a produção do ano passado chegou a ser 45% menor. A produção
petrolífera de 2013 no Estado só não foi negativa por conta dos campos
marítimos, que alcançaram 37% de acréscimo sobre o ano anterior. A
estatal já havia informado, no ano passado, que estava analisando um
projeto para perfuração de cerca de mil novos poços no local até 2015, o
que quase triplicaria a produção de petróleo em terra da empresa no
campo exploratório. A empresa não deu mais informações sobre este plano.
Em mar
Além dos campos terrestres, a Petrobras também tem projetos para
ampliar a produção de petróleo em mar, cuja produção é responsável hoje
por cerca de 85% do petróleo extraído em território cearense. No campo
de Espada, que fica no litoral de Paracuru e já produz há mais de 30
anos (o início da produção comercial se deu em 1982, quatro anos após
ter sido descoberto), a Petrobras deverá perfurar oito poços e ainda
construir uma nova plataforma de petróleo na localidade. Isto é o que
aponta o plano de desenvolvimento do campo, aprovado em julho do ano
passado pela ANP. Quanto a este, a estatal afirma, também por meio de
sua assessoria de imprensa: "o projeto de injeção de água do campo
marítimo de Espada, que visa aumentar o fator de recuperação e produção
deste campo, encontra-se em fase de aprovação". A empresa também não
informou quanto será investido nem deu nenhuma estimativa de prazo para a
execução do projeto.
Águas profundas
Em águas profundas, cuja profundidade varia de 300 a 1.500 metros (após
esse limite, já são consideradas ultraprofundas), a empresa concentra
suas atividades exploratórias em três concessões (BM-CE-2, BM-POT-16 e
BM-POT-17), nas quais foram perfurados três poços (Pecém, Araraúna e
Tango).
Quanto a estes, a Petrobras informa: "a companhia continua analisando
os resultados destas perfurações em conjunto com os demais sócios, para
então definir as estratégias de prosseguimento das operações"
FONTE: Diário do Nordeste
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