Páginas

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Cientistas transformam ar em petróleo

Uma pequena empresa britânica conseguiu um feito extraordinário: produzir petróleo a partir do ar, utilizando uma tecnologia revolucionária que promete resolver a crise de energia no mundo, bem como auxiliar a frear o aquecimento global, removendo dióxido de carbono da atmosfera terrestre.

A síntese de combustível formado a partir do ar em Stockton-on-Tees resultou em cinco litros de petróleo desde o mês de agosto, quando o projeto foi transferido para uma pequena refinaria que fabrica gasolina a partir de dióxido de carbono e vapor de água.

Imagem

A empresa espera que, dentro de dois anos, construa um complexo maior, com planta em escala comercial, para conseguir produzir uma tonelada de petróleo por dia. E também pretende produzir combustível verde para aviação, para fazer com que os aviões emitam menos carbono ou sejam completamente neutros em relação a este material.

Tim Fox, diretor de energia e meio ambiente do Instituto de Engenheiros Mecânicos de Londres, disse ao tabloide The Independent: "Parece bom demais para ser verdade, e é. Eles estão trabalhando nisso e eu fui até lá para conferir. A grande inovação é que eles fizeram isso acontecer como um processo. É ainda um pequeno piloto que consiste na captura de ar e extração de CO2 de sua composição, com base em princípios bem conhecidos. O processo utiliza componentes bem estabelecidos, mas o que é mais emocionante nisso tudo é colocar a coisa toda em conjunto e mostrar que pode funcionar".

Embora o processo esteja ainda em estágios iniciais de desenvolvimento e precise adquirir energia a partir da rede normal de eletricidade para funcionar, a empresa acredita que será eventualmente possível utilizar energia de fontes renováveis, como parques eólicos ou barragens marítimas.

"Nós tiramos o dióxido de carbono do ar e o hidrogênio da água e transformamos estes elementos em petróleo", disse Peter Harrison, executivo-chefe da empresa, que revelou a descoberta em uma conferência no Instituto de Engenheiros Mecânicos de Londres.

"Não existe minguém fazendo tal processo neste país [Inglaterra] nem mesmo no exterior, até onde sabemos. O produto se parece e tem cheiro de petróleo, mas é muito mais limpo e livre dos resíduos presentes no petróleo derivado de combustíveis fósseis", disse o Sr. Harrison ao The Independent.

"Nosso produto não tem nenhum dos aditivos nem os dejetos desagradáveis encontrados no petróleo convencional, e ainda assim pode ser utilizado nos motores atuais", explicou o CEO.

"Isso significa que as pessoas podem ir até o pátio do estacionamento ou à garagem e colocar nosso produto em seus carros, sem precisar instalar baterias ou adaptar o veículo, muito menos montar tanques de hidrogênio. Significa ainda que a infraestrutura existente para transporte pode ser utilizada normalmente", disse o Sr. Harrison.

A possibilidade de capturar dióxido de carbono do ar e remover o principal gás do efeito estufa industrial, resultante da queima de combustíveis fósseis como carvão e petróleo, tem tudo para ser a tábua da salvação da economia verde emergente.

Utilizar o dióxido de carbono extraído para criar um petróleo que pode ser armazenado, transportado e usado como combustível para os motores da atualidade leva a ideia ainda mais adiante. Segundo o Sr. Harrison, o novo combustível pode transformar o cenário econômico e ambiental da Inglaterra. E talvez do mundo.

"Estamos convertendo eletricidade renovável em uma forma mais versátil, útil e armazenável de energia, chamada de combustíveis líquidos para transportes. Acreditamos que até o final de 2014 consigamos o investimento necessário para produzir petróleo a partir de energia renovável em nível comercial", adiantou.

"Nós devemos nos transferir para uma operação maior, em estilo refinaria, dentro dos próximos 15 dias. O problema é ter certeza de que o Reino Unido esteja em um bom lugar para criar e estabelecer todos os processos de fabricação que esta tecnologia exige. Você tem potencial para modificar a economia de um país se você conseguir fazer seu próprio combustível", disse ele, confiante.

Segundo o Sr. Harrison, o plano inicial é produzir um tipo de gasolina que possa ser misturada com o combustível convencional, o que iria suprir as necessidades de combustíveis de alta performance em veículos esportivos. A tecnologia também é ideal para comunidades remotas que possuem fontes abundantes de eletricidade renovável, como energia solar, turbinas eólicas ou energia marítima, mas não têm grandes recursos de armazenamento.

"Estamos falando de uma série de comunidades insulares ao redor do mundo e outros nichos de mercado, para ajudarmos a resolver seus problemas de energia. Você está em um mercado no qual a única saída é aumentar o preço do combustível fóssil, e haverá um momento em que nossos combustíveis se tornarão mais baratos", disse Harrison.

Embora o protótipo do sistema seja destinado a extrair dióxido de carbono do ar, esta parte do processo é ainda ineficiente para permitir uma operação em nível comercial. A empresa pode e tem utilizado o dióxido de carbono extraído do ar para fazer seu combustível, mas também está utilizando fontes industrializadas deste material, até que seja capaz de melhorar o desempenho do processo de 'captura de carbono'.

Outras empresas estão trabalhando em novas maneiras de melhorar este processo, que é considerado muito caro para se tornar comercialmente viável. Capturar uma tonelada de dióxido de carbono custa o equivalente a R$ 1.300.

Entretanto, o professor Klaus Lackner, da Universidade de Columbia, em Nova York, disse que os altos custos de qualquer nova tecnologia sempre caem drasticamente com o tempo.

"Comprei meu primeiro CD na década de 80 por 20 dólares (cerca de 40 reais) e hoje você pode fazer um por menos de 10 centavos. O custo de uma lâmpada caiu aproximadamente 7.000 vezes no decorrer de todo o século passado", disse o professor.

Se tudo der certo, provavelmente teremos uma solução para a escassez de petróleo e a crise de energia, e, de quebra, conseguiremos diminuir consideravelmente a poluição ambiental. Mas fica a pergunta: com o combustível alternativo a preços menores, o que será que vai acontecer com a economia dos países petroleiros do Oriente Médio?

Metrologia - A ciência das medições

Medir, pesar, comparar e demais critérios é o que define de maneira mais clara a função da Metrologia, setor responsável pelo controle e acompanhamento da produção de um produto e serviço durante e após seu desenvolvimento, para isso é claro, a Metrologia é baseada em normas que definem requisitos, padrões e também em desenhos e procedimentos para ter base na avaliação de um produto.
Diversos instrumentos e métodos são utilizados pela Metrologia com objetivo de avaliar se o produto está conforme ou atende os requisitos de um uma norma, desenhos ou especificações do cliente, por exemplo, em um processo de usinagem de peças poderemos encontrar instrumentos de medição tais como; 
  • Paquímetro
  • Relógio comparador
  • Relógio apalpador
  • Padrões P NP
  • Padrões de rosca
  • Tridimensional
  • Rugosimetro



Os tipos de instrumentos depende da estrutura de cada empresa e também do produto ou serviço prestado, mas o processo de controle e avaliação de produto seja em laboratórios e processos são fatores importantíssimos para a garantia da Qualidade. A Metrologia pode ser encontrada em assistência técnicas tendo a função de avaliar o produto após algum tempo de uso, verificando se o mesmo mantem sua função de usabilidade.

Relação Metrologia x Produção 

A metrologia está diretamente ligada ao processo produtivo, sem ela você não tem como produzir algo, você precisa ter parâmetros, medidas, meios de medir. Hoje a metrologia dentro da indústria ganhou uma importância maior do que alguns anos atrás, muito por causa da busca pela qualidade, através dos sistemas de gestão (ISO 9000, TS 16949, entre outros), com isso os fatores controle e padronização passaram a fazer parte dos sistemas produtivos. Temos clientes, para citar um exemplo, que não possuem nenhum sistema da qualidade implantado, porém eles mantém um controle e calibração periódica de seus instrumentos, isso por terem percebido que tendo os requisitos metrológicos em dia eles com certeza teriam, no mínimo, 50% menos chances de seus produtos sofrerem algum retrabalho ocasionado por um instrumento de medição mal conservado ou sem a devida calibração periódica.

Como a metrologia pode ajudar as empresas?

A metrologia possui vários fatores de contribuição as empresas, um deles é de que seu produto, sendo ele um item de série, terá sempre o mesmo formato e dimensões, como você consegue isso? Tendo um controle de seus equipamentos e meios de medição e/ou ensaios, além disso, você consegue através da área metrológica reduzir tempo de manufatura, melhores controles dos processos, redução significativa de retrabalho, entre outros fatores.
Porque utilizar a Metrologia?

Imagine produzir um produto sem a possibilidade de saber se este atende de fato sua função, ou seja, comprar um carro sem os ajustes corretos seria loucura, mas para isso todas as montadoras investem em tecnologia na área de Metrologia, podemos encontrar robôs e processos de medição automatizados com avançados recursos de controle.
A Metrologia está inserida em cada produto que você já uso ou vai usar e quando você compra um produto diferente do que realmente queria ou com defeito, neste caso não tivemos o recurso de Metrologia aplicada em sua totalidade.
Enfim a Metrologia é com certeza uma das áreas mais importantes  por sua ampla participação que vai desde de o inicio da fabricação até o pós venda, quando utilizamos deste recurso para avaliar o produto quando indicado algum defeito.
Posso dar milhares de exemplos de Metrologia aplicada e a sua importância em nossa vida, abaixo apresento um exemplo onde a Metrologia está presente direta e indiretamente.

Meio de transportes

Imagine sua vida sem meio de transporte, seria difícil né? Imagine agora o meio de transporte sem a metrologia? Sem chance! Quantas peças você conseguiria listar existente em seu meio de transporte? Imaginou? Difícil né? Pois é, imagine toda estas peças sem padrões, seria impossível produzir um carro sem que o mesmo não tivesse padrões rigorosos e estes mesmos padrões não tivessem controle, por exemplo no ano de 2010  uma famosa montadora Japonesa reconheceu falhas durante a fabricação de seus carros, neste exemplo temos o não atendimento a normas e padrões.

Basicamente, a metrologia está dividida em três grandes áreas:

a) A Metrologia Científica, que utiliza instrumentos laboratoriais, pesquisas e metodologias científicas, que têm por base padrões de medição nacionais e internacionais, para o alcance de altos níveis de qualidade metrológica.
b) A Metrologia Industrial, cujos sistemas de medição controlam processos produtivos industriais e são responsáveis pela garantia da qualidade dos produtos acabados.
c) A Metrologia Legal, que, controla e fiscaliza todos aqueles instrumentos e medidas que estão relacionadas com o consumidor.

Para os estudantes da área técnica que desejam se aprofundar mais na Metrologia pode adquirir  a apostila clicando aqui.

Tecnólogo em Petróleo e Gás: oportunidades em setor estratégico

O perfil do MEC para a carreira de tecnólogo em Petróleo e Gás abrange de forma inteligente ações do 'Poço ao Posto', de forma que esse profissional poderá ter oportunidades de emprego, tanto na perfuração e produção de poços como no refino, nos produtos e na logística de operacionalização, distribuição e venda de petróleo, gás e derivados.

O cenário econômico apresentado pela Petrobras para o Nordeste prevê quatro refinarias e perfuração de mais poços terrestres e marítimos (no Ceará está prevista a perfuração de 22 poços em Fazenda Belém, município de Icapuí, e dois poços marítimos, na zona do pré-sal, que ocorre na costa cearense, no município de Paracuru).

Somente essas informações são suficientes para se imaginar a extraordinária demanda para o setor petróleo e gás.

petroleo-gas-1-internaComo o curso de graduação tecnológica em Petróleo e Gás ocorre em três anos, os futuros tecnólogos estarão se formando no momento certo desta grande procura por experts no setor de petróleo e gás. Além disso, durante o curso, terão oportunidade de fazer estágio nas grandes empresas que se mudarão para o Ceará para a construção da Premium II, tornando-se já conhecidos e assim oportunizando-lhes uma maior chance de conseguir trabalhar nesse momento epopeico do Nordeste brasileiro.

A carreira de tecnólogo em Petróleo e Gás será responsável pela contratação de mais cearenses para as grandes obras a serem implantadas no Estado."

Roberto Menescal de Macedo
Coordenador do Curso de Tecnologia em Petróleo e Gás da Universidade de Fortaleza

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Refinaria é essencial para o País.

A Refinaria Premium II, a ser construída no Pecém, é essencial para o Brasil, de acordo com o professor Alexandre Szklo, professor do Programa de Planejamento Energético da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele explica que o mercado do Nordeste é deficitário, sendo imprescindíveis investimentos que contemplem a região. O professor também considera importante a implantação da Refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, mas põe em xeque a necessidade da Premium I, no Maranhão.

Alexandre explica que as refinarias pernambucana e cearense, com capacidade de processamento de 230 mil e 300 mil barris/dia de diesel, são oferta suficiente para o mercado crescente da Região. O projeto maranhense é arriscado, diz o professor, por visar ao mercado externo originalmente.

“Os Estados Unidos têm mercado levemente superavitário com exportação para a Europa, onde também não há demanda para o diesel brasileiro. No Oriente, a competição é difícil”, frisa. Com capacidade de produção de 600 mil barris/dia, a alternativa para a Premium I, informa o professor, seria atender o Centro-Oeste e Sudeste, onde a demanda é grande. Mas, com isso, teria que arcar com os custos logísticos.

Ele afirma que a situação econômica da Petrobras é complicada, já que a estatal vem praticando preços abaixo do mercado para segurar a inflação, mas que os investimentos são inevitáveis. “É como se você tivesse um cofre vazando e tivesse que tirar mais dinheiro dele para investir”.

Em curto prazo, afirma o professor, os investimentos em refino não são rentáveis para a Petrobras. Entretanto, ele os classifica como inevitáveis e lucrativos em longo prazo, principalmente com o aumento da extração de petróleo no País. “Se não tiver refinaria, o Brasil vai se tornar um México, exportando petróleo e importando diesel”.

Gasolina
As novas refinarias da Petrobras, acrescenta o professor, também podem produzir gasolina, contando com certo grau de flexibilização, o que deve ser aplicado aos projetos do Nordeste. Além de mercado crescente no Nordeste, com a rápida expansão no mercado de veículos leves, a produção de gasolina dá segurança ao Brasil em caso de desabastecimento de etanol – o que poderia acontecer diante de problemas de safra de cana.

Alexandre rebate os comentários de que a Petrobras não teria capacidade tecnológica para construir refinarias. “O petróleo brasileiro é exótico. A Petrobras tem que desenvolver tecnologias adaptadas ao petróleo brasileiro”, enfatiza.

Ele também constata que, apesar de um hiato de 22 anos desde que a estatal construiu sua última refinaria, houve investimentos nos parques de refino já existentes, com implantação de novas tecnologias e aumento da capacidade. A causa desse intervalo sem novas plantas, afirma, é que a empresa estava voltada à extração de petróleo. “Essa ideia de deficiência tecnológica talvez seja uma ansiedade, natural, de vocês no Ceará pela refinaria”, afirma.


terça-feira, 23 de outubro de 2012

Petróleo e Gás - Inserção no mercado de trabalho

Reportagem do Jornal Futura,do Canal Futura:














Demanda para as 6 maiores do Pecém é de 31,4 mil vagas

As seis maiores empresas implantadas ou em instalação no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) terão, até 2014, uma demanda por qualificação profissional de 31.418 vagas. O dado, levantado por um estudo feito a pedido da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), e que será entregue ao governador Cid Gomes em novembro, mostra que a procura será menor do que a oferta.

Contudo, esta oferta existente, aponta o setor produtivo, ainda não está preparado para ocupar as vagas, e que precisará passar por capacitações e reciclagem profissional.

O relatório apresentado pela empresa DialogEducação mostra que a oferta de profissionais, de acordo com as áreas de conhecimento que serão exigidas, será de 94.631 vagas, número bem superior à demanda. O dado, entretanto, não tranquiliza o presidente da Fiec, Roberto Macêdo. "São duas coisas, na verdade: uma é ter a mão de obra pra ser preparada partindo do zero. Ali na pesquisa não tá dividindo uma coisa da outra", afirma.

"Profissionais com a especificidade que as empresas vão precisar, não tem. Você tem o mecânico, mas não no nível que a demanda exige. Uma siderúrgica e uma refinaria têm materiais de outros tipos. Não temos aqui operador de guindaste, de empilhadeira, de retroescavadeira. Tá faltando gente especializada no mercado, e que vai ter que ser formada pra atender. Você encontra o funcionário, mas não está no nível, tem que passar por reciclagem", complementa.

O estudo levou em consideração a Petrobras (com a refinaria) e a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) como empreendimentos em instalação, além da Aeris Energy, Hidrostec, Votorantim e Energia Pecém, entre os que estão em operação. O pico da demanda de todas elas, até 2014, é exatamente no último ano. A CSP lidera a demanda por qualificação, com 22.242 vagas, e a Petrobras segue com 7.084. Em seguida vem a Aeris, com 1.800 vagas, a Hydrostec, com 158, a Votorantim, com 134, e a Energia Pecém, com 15.

A maior demanda será para a área de infraestrutura, com 12.367 vagas para formação inicial e continuada (FIC) - cursos que atendem a demandas de capacitação rápida, dirigidos a profissionais já atuantes - e outras 1.094 para educação profissional técnica de nível médio. Com ensino superior e pós-graduação, os mais demandados serão nas áreas de engenharia (209), administração (163) e letras (143).

Entre as lacunas específicas que foram identificadas entre oferta e demanda estão vagas para técnicos em gestão e negócios, cuja procura será, em 2014, de 1.238 vagas, para 582 ofertadas, informação e comunicação (1.438 demandados para 617 ofertados) e infraestrutura (1.094 para oferta de 1.038).

Na infraestrutura, haverá já no ano que vem falta de profissionais operadores de equipamentos, armadores e montadores, carpinteiros, auxiliares, assistentes e ajudantes.

Formação básica preocupa

Uma das preocupações apontadas pelo presidente da Fiec é a baixa qualidade na escolaridade básica no Estado, especialmente no nível do ensino fundamental. Segundo ele, isso dificulta o preenchimento de vagas nas empresas. Essa constatação é reforçada pelo o gerente de Negócios da refinaria Premium II, da Petrobras, Raimundo Lutif. "Em Pernambuco, por exemplo, não conseguimos preencher as vagas para cursos técnicos que tínhamos porque os candidatos precisavam fazer uma prova de conhecimentos básicos e não atingiam a nota mínima", aponta o executivo.

Os cursos oferecidos eram para soldadores, técnicos em mecânica, entre outros, por meio do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), que seleciona através de prova que exige conhecimentos de matemática, português e lógica.

Ele informa ainda que a Petrobras já vem realizando, em São Gonçalo do Amarante e Caucaia, em parceria com o Senai, capacitação para as pessoas que vão entrar na primeira fase da refinaria, com a atividade de terraplanagem. São cursos para carpinteiro, pedreiro, pintor e outras categorias.

Senai montará escola

Para reforçar a qualificação profissional na região do Pecém, o presidente da Fiec, Roberto Macedo, informou que espera começar em novembro a construção de uma escola do Senai (Serviço Nacional da Indústria) e, São Gonçalo do Amarante. O terreno já está garantido, e o investimento projetado é de R$ 5 milhões a R$ 6 milhões.

"O Estado está construindo o CTTC (Centro de Treinamento Técnico Corporativo), e eu estava conversando com o secretário de Ciência e Tecnologia, Renê Barreira, pra ver como viabilizar o Senai utilizar as instalações do centro já pra ganhar tempo, enquanto o prédio próprio não é construído. É uma coisa muito ainda no início", informou. O prédio deverá ser construído em um prazo de um ano, e a previsão é de formação de 1.500 vagas por ano
.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Nova descoberta de hidrocarbonetos em águas ultraprofundas na Bacia de Sergipe-Alagoas.


A Petrobras informa que comprovou a ocorrência de hidrocarbonetos leves no bloco SEAL-M-426, em águas ultraprofundas, da Bacia de Sergipe-Alagoas. Esse bloco é parte da concessão BM-SEAL-11, operado pela Petrobras com 60% de participação, tendo como parceira a IBV Brasil, com 40% de participação.
A descoberta ocorreu durante a perfuração do poço 1-BRSA-1083-SES (1-SES-167), informalmente conhecido como Farfan e situado em águas onde a profundidade é de 2.720 metros.

Localizado a 109 km do município de Aracaju, o poço está a cerca de 21 km a sudeste da acumulação de Barra, onde foi perfurado o poço 1-BRSA-851-SES (1-SES-158 - Barra), que revelou a primeira descoberta significativa de gás em águas ultraprofundas da Bacia de Sergipe-Alagoas. Ainda nesta Bacia, a Petrobras anunciou, no dia 22/08, a conclusão da perfuração do poço de extensão de Barra, o 3-BRSA-1069-SES (3-SES-165 - Barra 1), também portador de óleo e localizado a cerca de 10 km a noroeste do poço Farfan.
A descoberta de Farfan foi constatada por indícios de petróleo encontrados durante a perfuração do poço, pela análise de perfis elétricos e por amostras de fluidos recuperadas em testes a cabo.
A partir da profundidade de 5.582 m foi verificada uma coluna de hidrocarbonetos de cerca de 44 m, dos quais 40 m são formados por arenitos porosos portadores de hidrocarbonetos leves.
A Companhia dará continuidade à perfuração do poço até a profundidade de 6.000 m e procederá as análises de rocha e fluido obtidos nesse poço, com o objetivo de apresentar o Plano de Avaliação de Descoberta para a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O impulso do Petróleo

As estimativas dão conta de que o País irá necessitar de mais de 200 mil trabalhadores para suprir a demanda do setor de petróleo e gás por conta dos investimentos que serão feitos pela Petrobras para a exploração do pré-sal, a camada de óleo descoberta em 2007 que fica a mais de 6 mil quilômetros abaixo do nível do mar. Para explorar as novas reservas e cuidar da produção e refino do que já existe, a estatal programa investir 224,7 bilhões de dólares entre este ano e 2015.
A empresa prevê chegar a 2020 produzindo somente na área do pré-sal mais do que os atuais 2,1 mil barris de óleo equivalentes. Com isso, a participação do pré-sal na produção de petróleo da Petrobras no País passará dos 2% atuais para 18%, em 2015, e para 40,5%, em 2020. Em uma década, a produção total de óleo e gás da companhia, no Brasil e no exterior, vai saltar de 2,77 milhões de barris de óleo equivalente (boe) para 6,4 milhões. Para tudo isso, irá precisar de muita gente, o que mobiliza tanto empresas do setor como instituições de ensino.
“Se a gente não conseguir formar mão de obra, as empresas vão importar trabalhadores”, avalia o professor Maurício Mota, vice-presidente do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro (Cefet-Rio), um dos integrantes da rede federal de ensino técnico, com escolas em todo o País. Nas salas de aula da instituição ingressam anualmente cerca de mil alunos nos níveis técnicos e de graduaçãoem engenharia. São31 cursos técnicos, 16 de graduação e 6 no nível de mestrado.
O orçamento anual do Cefet-Rio é de 160 milhões de reais, incluindo a folha de pagamentos. Sem a folha, esse valor baixa para 40 milhões de reais, que são destinados à manutenção e aos investimentos. Mota conta que trabalha há 20 anos na instituição e que as verbas têm crescido desde 2004. “Está claro que houve uma expansão, mas é preciso mais”, afirma. “Tem de haver um incentivo maior às instituições de engenharia. O governo precisa ampliar a formação de técnicos, não só nas áreas de petróleo e gás, porque hoje temos um apagão de recursos humanos. Não adianta termos dinheiro se não tivermos quem desempenhe as funções”, reclama o professor.
Segundo Mota, as necessidades do setor são gerais. Vão desde profissionais de nível técnico até graduados em mecânica, engenharia elétrica, além dos especializados em petróleo e gás. “Muitas vezes há necessidades em áreas que nem imaginamos. Hotelaria, por exemplo. É preciso profissionais que cuidem dos trabalhadores que ficam confinados em uma plataforma de petróleo em alto mar”, acrescenta.
Com o pré-sal, uma cadeira de formação que o vice-presidente do Cefet-Rio vê como promissora é em geologia, tanto em nível técnico como de geólogos propriamente. “O País precisa deles e temos poucos geólogos disponíveis.” Um curso técnico no Cefet-Rio dura três anos. A graduação em engenharia leva cinco anos. Mas a instituição atua em cursos de especialização em convênio com o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp). Dentro do programa, criado pelo Ministério de Minas e Energia, patrocinado pela Petrobras e com o apoio de entidades empresariais e industriais, são ministrados cursos de aperfeiçoamento nas áreas de petróleo e gás, em programas de três a nove meses, para profissionais do nível básico até universitários.
José Renato Ferreira de Almeida, coordenador do Prominp, afirma que a demanda do setor como um todo até 2015 será de cerca de 212 mil profissionais. É esse contingente que o programa espera treinar para atender a demanda não só da Petrobras, mas de todas as empresas que integram a cadeia produtiva de bens e serviços do setor.
Mota, do Cefet-Rio, cita como exemplo de demanda a construção de uma refinaria de petróleo, que leva cerca de quatro anos para entrar em operação. “Temos que pensar que um engenheiro leva cinco anos para se formar. Então o planejamento das atividades tem de levar em conta a formação das pessoas que vão operar essa refinaria”, explica o professor. “É preciso articular o investimento em infraestrutura e a formação de mão de obra. Senão, corre-se o risco de ficar com o parque vazio.”
“Se temos uma refinaria que vai ficar pronta em 2014, já em 2012 temos de fazer a seleção para contratar as pessoas, que estarão aptas até a refinaria ficar pronta”, explica Lairton Correa, gerente de gestão do efetivo da Petrobras. Todas as vezes que a estatal revisa seu plano de investimentos estratégicos, o departamento de recursos humanos acompanha o movimento. Atualmente, a empresa tem 58 mil funcionários. Se forem somados os que trabalham nas subsidiárias, coligadas e no exterior, esse total salta para 80 mil trabalhadores.
Segundo Correa, pelo atual plano estratégico da empresa, há necessidade de contratar 17 mil trabalhadores até 2015. “Isso significa que haverá processos seletivos para atender essa demanda, em todas as áreas”, diz. Ele conta que as profissões mais demandadas são para as áreas de exploração e produção de petróleo, além das competências voltadas para abastecimento. “Dentro desse grupo, o que mais procuramos são engenheiros, de diversas áreas.” Um engenheiro em início de carreira na Petrobras ganha um salário bruto de cerca de 6.200 reais. Porém, se trabalhar em uma plataforma, tem vários adicionais.
A Petrobras tem feito cerca de dois processos seletivos a cada ano. Como seu quadro de cargos e funções é diferente do que existe no mercado, a empresa admite pessoas com formação técnica e em engenharia e complementa as habilidades com cursos dentro da Universidade Petrobras (UP), que tem um volume diário de alunos de mil a 1,5 mil. “Em engenharia de petróleo, por exemplo, não há formação de mão de obra no mercado. Então, abrimos o processo seletivo para qualquer área em engenharia e complementamos a formação do profissional dentro da Petrobras”, conta Correa. O mesmo processo é realizado com os profissionais de nível técnico.
Segundo o gerente do RH da Petrobras, o tempo de formação interna dos profissionais varia de acordo com a função. Em média, são cerca de 18 meses. Um engenheiro da área de petróleo passa por um treinamento de 10 meses após ingressar na empresa. Já um geólogo fica nos bancos escolares por um ano. “Um administrador fica pronto em três meses. Tudo depende da profissão”, acrescenta Correa. No ano passado, a companhia de petróleo investiu 210 milhões de reais em treinamento do seu pessoal. Foram 190 mil pessoas treinadas. Ou seja, cada trabalhador passou por cursos mais de duas vezes no ano.
Preocupada com a falta de profissionais qualificados, a Odebrecht Óleo e Gás criou o Projeto Embarcar, que começa em 2012 e vai dar treinamento para profissionais que vão trabalhar embarcados. A companhia tem três sondas de perfuração no País e mais quatro vão chegar em meados de 2012. Por conta disso, reservou 5 milhões de dólares para dar treinamento aos funcionários dessas sondas somente no ano que vem. “Diante do cenário de gargalo profissional em que nos encontramos, o programa identificou que, se a empresa não investir na formação do trabalhador, a indústria terá um colapso”, afirma Marco Antônio Barbosa, coordenador do projeto. “Ou as empresas qualificam ou terão de importar profissionais.”
Segundo Barbosa, há uma gama ampla de cursos tanto no Brasil como no exterior que devem ser aplicados aos profissionais que trabalham embarcados. “Esses profissionais acabam valendo ouro no mercado. Uma empresa tira o trabalhador da outra. A preocupação hoje é quando eu vou formar e quanto, já que não se pode contratar um profissional sem experiência”, afirma.
O executivo da Odebrecht lembra que a companhia está entrando em uma concorrência para a construção de 21 plataformas em parceria com a Petrobras, o que dá uma dimensão da quantidade de profissionais que serão necessários. Em cada plataforma são cerca de 160 profissionais que trabalham embarcados, divididos em duas turmas, que se revezam de 14 em 14 dias.
Barbosa conta que o Projeto Embarcar tem duas vertentes: a primeira é cuidar dos trabalhadores que já estão na empresa e dar treinamento a eles nos períodos de folga. A segunda é treinar os profissionais que estão no mercado, sem experiência, mas que sejam oriundos de escolas técnicas e universidades que tenham sinergia com a atividade. “O tempo de treinamento depende da área em que o profissional vai trabalhar, mas o básico leva cerca de nove meses”, afirma. A primeira turma do Embarcar, com 98 profissionais, inicia o treinamento no ano que vem.

Funai: 90 dias para avaliação do terreno da Refinaria Premmium II - Pecém

As pendências ainda existentes para a instalação da refinaria Premium II no Ceará põem em xeque a possibilidade de as primeiras obras da usina serem iniciadas ainda neste ano, como já afirmou que ocorreria o governador Cid Gomes. A Funai informou que poderá levar ainda cerca de 90 dias para aprovar o terreno que constituirá a Reserva Indígena Anacé, apresentado no mês passado pelo Governo do Estado e pela Petrobras. Além disso, para que o órgão dê sua anuência ao empreendimento, obrigatória para o licenciamento ambiental, ele ainda espera o Plano Básico Ambiental (PBA) da estatal, que poderá ser entregue só no fim do ano.

No mês passado, após três anos de impasse, o Governo do Ceará e a Petrobras fecharam, em Brasília, acordo para a aquisição de uma área de 725 hectares, entre a CE 085 e a praia, no município de Caucaia, para o reassentamento da comunidade indígena Anacé. Ficou acertado que as partes pagariam em torno de R$ 30 milhões para a aquisição do terreno. Há duas semanas, técnicos da Funai vieram da capital federal ao Pecém, para conhecer a área.

"Os profissionais retornaram de campo em fins da semana passada e têm prazo de 90 dias, a contar de seu retorno, para entregar o relatório circunstanciado de constituição da Reserva Indígena Anacé", informou a assessoria de imprensa da Funai.

Pendência

Ainda de acordo com a assessoria, "o terreno só será aprovado quando os estudos forem concluídos, com as avaliações necessárias de viabilidade para realocação dos indígenas". O órgão afirmou que não se pronunciará sobre o assunto até que tais estudos estejam finalizados.

O tempo que a Funai tomará para aprovar, ou não, o terreno poderá mudar os planos definidos no mês passado, em Brasília, entre o Governo do Estado e a Petrobras. As duas partes ficaram de firmar um acordo no próximo dia 5 de novembro, no qual, além da compra do terreno, as partes se responsabilizariam pela construção de casas, a instalação de rede elétrica, iluminação pública, saneamento básico, a construção de uma escola indígena e um posto de saúde.

Plano ambiental

A concessão da área é uma exigência da Funai para que esta dê sua manifestação favorável ao componente indígena do licenciamento ambiental da Refinaria Premium II. Contudo, como reforçou o órgão, tal decisão depende "também da reapresentação do Plano Básico Ambiental (PBA), pela Petrobras, com as complementações solicitadas pela Funai".

O PBA já foi analisado, mas devolvido à Petrobras, em maio último, com sugestões de adequações. O prazo para que a versão revisado do documento fosse devolvido terminava em junho passado, mas a estatal solicitou mais seis meses para fazer a reapresentação. O novo prazo, portanto, expira em dezembro deste ano. O Diário do Nordeste entrou em contato com a Petrobras, por meio de sua assessoria de imprensa, para saber o andamento desta revisão, e se a empresa já tinha algum prazo para a sua apresentação à Funai. Até o fechamento desta edição, contudo, não houve resposta.

O PBA traz as informações dos impactos do empreendimento na região do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) ao meio ambiente e sobre a vida das comunidades indígenas Anacé e Tapeba, e apresenta as ações que serão tomadas pela empresa para mitigá-los.

Com o PBA e a Reserva Indígena Anacé definidos, a Funai poderá dar a anuência, que, então, permitirá que a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) faça a emissão do licenciamento ambiental para as primeiras obras a serem realizadas no local que abrigará a refinaria, e que já contam com licitações prontas: o cercamento da área e a supressão vegetal.

Resultado não divulgado

Uma outra questão relacionada à Premium II que segue sem retorno à imprensa é sobre o encontro da Petrobras com a empresa sul-coreana GS Caltex. Na semana passada, executivos das duas partes se encontraram, em Fortaleza, para a primeira conversa que tem como fim a discussão de uma possível parceria para a instalação da refinaria cearense.

O governador Cid Gomes, que foi à sede da empresa, na Coreia do Sul, e lançou a possibilidade da sociedade com a estatal brasileira, vem afirmando que seu papel nesta negociação foi apenas de mediação.

A Petrobras segue afirmando, através de sua assessoria de imprensa, que não responderá, no momento, os questionamentos da imprensa sobre o assunto. Diz-se, no entanto, que a estatal também já estaria em contato com outras empresas estrangeiras.

A entrada de um sócio da refinaria, como já esclareceu a presidente da Petrobras, Graça Foster, poderá agilizar a implantação da refinaria, mas não é decisiva para a construção do empreendimento.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...